quarta-feira, 7 de abril de 2010

"Brisa Marinha"





A carne é triste, sim, e eu li todos os livros.

Fugir! Fugir! Sinto que os pássaros são livres,

Ébrios de se entregar à espuma e aos céus

[ imensos.

Nada, nem os jardins dentro do olhar suspensos,

Impede o coração de submergir no mar

Ó noites! nem a luz deserta a iluminar

Este papel vazio com seu branco anseio,

Nem a jovem mulher que preme o filho ao seio.

Eu partirei! Vapor a balouçar nas vagas,

Ergue a âncora em prol das mais estranhas

[ plagas!

Um Tédio, desolado por cruéis silêncios,

Ainda crê no derradeiro adeus dos lenços!

E é possível que os mastros, entre ondas más,

Rompam-se ao vento sobre os náufragos, sem

[ mas-

Tros, sem mastros, nem ilhas férteis a vogar...

Mas, ó meu peito, ouve a canção que vem do

[ mar!




Stéphane Marllamé

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